terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tabela Copa do Brasil

Depois de 7 anos vamos descansar um pouco da nossa tão querida Libertadores e disputar a Copa do Brasil.




O São Paulo estréia diante do Treze-PB dia 16 de fevereiro e para minha sorte, pode ter dois times do ES pela frente. Ia ser muito bom assistir a um jogo do Tricolor aqui em terras capixabas. Ta certo que é muito difícil do Vitórinha chegar às Oitavas e mais difícil ainda do Rio Branco chegar às Quartas mas num custa torcer.

Abaixo segue os prováveis confrontos do Tricolor:

E agora umas fotinhas pra ver se alguém lembra de quando ainda disputávamos a Copa do Brasil.





quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Novidades Paulistão 2011


Considerado por muitos o campeonato estadual mais forte do país, o Campeonato Paulista da Série A1 chega em 2011 repleto de novidades.

Ao invés de 4 equipes se classificando para a segunda fase da competição este ano serão as 8 primeiras colocadas que se classificarão paras as quartas de final, semi final e a finalíssima. Outra mudança é que as partidas de quartas e semi finais serão disputadas em jogo único sendo o time de melhor campanha o mandante do jogo. Na finalíssima continua a decisão por dois jogos. Outra novidade é a mudança no critério de desempate, a partir de 2011 em caso de empate nos jogos da segunda fase a decisão será por pênaltis e não decidida de acordo com a colocação da primeira fase como era anteriormente.





As novidades não se limitam apenas as quatro linhas. O Campeonato Paulista de 2011 vem com modificações em sua fórmula de disputa e também na arbitragem, que agora contará com um sexteto durante as partidas. O árbitro principal, o quarto árbitro e os dois auxiliares ganham agora a companhia de mais dois assistentes que ficarão posicionados ao lado dos gols. Outra novidade é a fórmula de disputa da competição, que agora prevê oito classificados para a segunda fase do torneio. O novo formato agradou os clubes participantes.


Tabela Paulistão 2011

PRIMEIRA FASE

1.ª RODADA
Domingo, 16 de janeiro
Linense x Santos
Mogi Mirim x São Paulo
Corinthians x Portuguesa
Palmeiras x Botafogo
Noroeste x Santo André
Americana x Bragantino
São Bernardo x Grêmio Prudente
Mirassol x Ponte Preta
Paulista x Ituano
Oeste x São Caetano

2.ª RODADA
Quarta-feira, 19 de janeiro
Santos x Mirassol
São Paulo x São Bernardo
Bragantino x Corinthians
Ituano x Palmeiras
Santo André x Linense
Ponte Preta x Mogi Mirim
Botafogo x Noroeste
São Caetano x Guaratinguetá
Grêmio Prudente x Paulista
Portuguesa x Oeste

3.ª RODADA
Domingo, 23 de janeiro

Corinthians x Noroeste
São Paulo x Ponte Preta
Oeste x Palmeiras
Grêmio Prudente x Santos
Mogi Mirim x Mirassol
São Caetano x Ituano
Paulista x São Bernardo
Bragantino x Santo André
Linense x Portuguesa
Guaratinguetá x Botafogo

4.ª RODADA
Quarta-feira, 26 de janeiro
Santos x São Caetano
Palmeiras x Paulista
Corinthians x Mogi Mirim
Guaratinguetá x São Paulo
Grêmio Prudente x Botafogo
Mirassol x Santo André
Noroeste x Bragantino
Portuguesa x Ponte Preta
Ituano x Linense
São Bernardo x Oeste

5.ª RODADA
Quarta-feira, 30 de janeiro

Santos x São Paulo
São Bernardo x Corinthians
Portuguesa x Palmeiras
Santo André x Ituano
Ponte Preta x São Caetano
Linense x Paulista
Oeste x Mirassol
Noroeste x Guaratinguetá
Botafogo x Bragantino
Mogi Mirim x Grêmio Prudente

6.ª RODADA
Quarta-feira, 2 de fevereiro

Mirassol x Palmeiras
Corinthians x Ituano
Ponte Preta x Santos
São Paulo x Linense
Portuguesa x Guaratinguetá
Oeste x Botafogo
Paulista x Noroeste
São Caetano x Grêmio Prudente
Bragantino x São Bernardo
Mogi Mirim x Santo André

7.ª RODADA
Domingo, 6 de fevereiro

Santo André x Santos
Palmeiras x Corinthians
Botafogo x São Paulo
Ituano x São Bernardo
Grêmio Prudente x Portuguesa
Bragantino x Mirassol
Ponte Preta x Linense
Noroeste x Mogi Mirim
Guaratinguetá x Oeste
São Caetano x Paulista

8.ª RODADA
Domingo, 13 de fevereiro

Santos x Noroeste
Paulista x Corinthians
Palmeiras x Guaratinguetá
Portuguesa x São Paulo
Linense x Grêmio Prudente
Mirassol x São Caetano
São Bernardo x Ponte Preta
Bragantino x Ituano
Botafogo x Santo André
Oeste x Mogi Mirim

9.ª RODADA
Domingo, 20 de fevereiro

Corinthians x Santos
São Paulo x Bragantino
Mogi Mirim x Palmeiras
São Caetano x Portuguesa
Grêmio Prudente x Oeste
Guaratinguetá x Ituano
Mirassol x Linense
Santo André x Paulista
São Bernardo x Noroeste
Ponte Preta x Botafogo

10.ª RODADA
Domingo, 27 de fevereiro
São Paulo x Palmeiras
Santos x São Bernardo
Corinthians x Grêmio Prudente
Guaratinguetá x Mogi Mirim
Ituano x Botafogo
Santo André x Ponte Preta
Noroeste x São Caetano
Paulista x Mirassol
Oeste x Linense
Portuguesa x Bragantino

11.ª RODADA
Sábado, 5 de março
Palmeiras x Santo André
São Caetano x São Paulo
Linense x Corinthians
Oeste x Santos
Grêmio Prudente x Ituano
Mirassol x Noroeste
Botafogo x Portuguesa
Bragantino x Paulista
Ponte Preta x Guaratinguetá
São Bernardo x Mogi Mirim

12.ª RODADA
Quarta-feira, 9 de março

Santos x Portuguesa
São Paulo x Ituano
Noroeste x Palmeiras
Corinthians x Ponte Preta
Paulista x Oeste
Santo André x Guaratinguetá
Mogi Mirim x Linense
Grêmio Prudente x Bragantino
São Bernardo x Mirassol
Botafogo x São Caetano

13.ª RODADA
Domingo, 13 de março
São Paulo x Santo André
Santos x Botafogo
Mirassol x Corinthians
Palmeiras x São Bernardo
Guaratinguetá x Paulista
Ituano x Portuguesa
Mogi Mirim x São Caetano
Ponte Preta x Grêmio Prudente
Oeste x Bragantino
Linense x Noroeste

14.ª RODADA
Domingo, 20 de março

Bragantino x Santos
Corinthians x Guaratinguetá
São Caetano x Palmeiras
Grêmio Prudente x São Paulo
Noroeste x Ponte Preta
Botafogo x Paulista
Portuguesa x Mirassol
Ituano x Mogi Mirim
Linense x São Bernardo
Santo André x Oeste

15.ª RODADA
Quarta-feira, 23 de março

Santos x Mogi Mirim
Paulista x São Paulo
Corinthians x Oeste
Palmeiras x Linense
Portuguesa x Santo André
São Caetano x Bragantino
Ponte Preta x Ituano
Mirassol x Guaratinguetá
Noroeste x Grêmio Prudente
São Bernardo x Botafogo

16.ª RODADA
Domingo, 27 de março
Ituano x Santos
São Paulo x Corinthians
Palmeiras x Bragantino
Botafogo x Linense
Ponte Preta x Paulista
Mogi Mirim x Portuguesa
Guaratinguetá x São Bernardo
Oeste x Noroeste
Grêmio Prudente x Mirassol
Santo André x São Caetano

17.ª RODADA
Domingo, 3 de abril
Botafogo x Corinthians
Santos x Palmeiras
São Paulo x Mirassol
Bragantino x Ponte Preta
Ituano x Oeste
Portuguesa x Noroeste
Paulista x Mogi Mirim
Santo André x Grêmio Prudente
São Caetano x São Bernardo
Linense x Guaratinguetá

18.ª RODADA
Domingo, 10 de abril

Corinthians x São Caetano
Palmeiras x Grêmio Prudente
Guaratinguetá x Santos
Noroeste x São Paulo
Linense x Bragantino
Mogi Mirim x Botafogo
São Bernardo x Santo André
Mirassol x Ituano
Paulista x Portuguesa
Oeste x Ponte Preta

19.ª RODADA
Domingo, 17 de abril

Santos x Paulista
São Paulo x Oeste
Santo André x Corinthians
Ponte Preta x Palmeiras
Portuguesa x São Bernardo
Botafogo x Mirassol
Grêmio Prudente x Guaratinguetá
São Caetano x Linense
Ituano x Noroeste
Bragantino x Mogi Mirim

SEGUNDA FASE

QUARTAS DE FINAL
Domingo, 24 de abril
Grupo 2 - 1.º x 8.º
Grupo 3 - 2.º x 7.º
Grupo 4 - 3.º x 6.º
Grupo 5 - 4.º x 5.º

SEMIFINAL
Domingo, 1 de maio
Grupo 6 - Vencedor Grupo 2 x Vencedor Grupo 5
Grupo 7 - Vencedor Grupo 3 x Vencedor Grupo 4

FINAL
Domingo, 8 e 15 de maio

Vencedor Grupo 6 x Vencedor Grupo 7

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Novos títulos Brasileirão

Mais uma da CBF e do dono do circo Ricardo Teixeira.

- Os títulos de showbol e as medalhas de ouro de César Cielo serão homologados como Campeonatos Brasileiros para o Flamengo.

- Os mundiais que Pelé conquistou serão homologados como títulos do Santos.

- O Botafogo terá homologados os títulos dos campeonatos em que foi de segundo a quinto colocado, pois todos foram roubados.

- O Sport terá o título da segunda divisão em 1990 homologado como Campeão Brasileiro.

- O Sport pediu a homologação do título da musa do Brasileirão 2009 como Campeonato Brasileiro.

- Todos os times campeões da segunda divisão terão os títulos convertidos em campeonatos brasileiros.

- Os três títulos de Roland Garros de Guga serão convertidos em Campeonatos Brasileiros do Avaí

- Rubinho queria ajudar seu time, o Corinthians, a homologar algum título, mas ele mesmo não tem nenhum.

- Rubinho teria pedido a homologação do título de kart no final de semana como título mundial, mas ele perdeu para a Bia Figueiredo e nem isso consegue pedir.

- O Corinthians pediu a homologação o título da Libertadores conquistado no Playstation.

- O Corinthians pediu a homologação do título da corrida de caminhão valendo como do Campeonato Brasileiro.

- O Palmeiras pede a homologação do título de Musa do Brasileirão 2008 valendo como Cameponato Brasileiro.

- O Grêmio pede a homologação do título de Musa do Brasileirão 2010 valendo como Cameponato Brasileiro.

- O Vasco quer que seus 46 títulos estaduais de remo sejam convertidos em, pelo menos, um Campeonato Brasileiro.

- O Flamengo terá os títulos nacionais de basquete de 2008 e 2009 homologados como campeonatos brasileiros de futebol.

- Agora que o Santos contratou Falcão, o time quer que os 16 títulos que o jogador conquistou com a seleção sejam homologados como Campeonatos Brasileiros para o Peixe.

- O Santos quer a taça das bolinhas, por ser o primeiro hexa-campeão brasileiro.

- O Palmeiras quer a taça das bolinhas por ser o primeiro octa-campeão brasileiro.

- O Bahia quer a taça das bolinhas por ser o primeiro campeão brasileiro.

- O Sport quer a taça das bolinhas, porque todo mundo quer.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Por que reescrever a história?

Opnião do blogueiro Emerson Gonlçaves o Blog Olhar Crônico Esportivo o qual sou totalmente a favor.


Hoje existe o photoshop, badalado e usado até além dos limites do imaginável. Mesmo sem ele, entretanto, os soviéticos durante décadas modificaram a realidade, tentaram reescrever a história. Por ordem de Stalin, todas as fotos de grandes momentos da Revolução de Outubro e dos primeiros anos do regime soviético, em que Trotsky aparecia ao lado de Lênin, foram retocadas, já que a determinação era clara: deletar Trotsky. Nos textos e livros a tarefa era bem mais fácil, bastava apagar, queimar ou censurar previamente. Em pleno quarto final do século XX, nos derradeiros momentos da União Soviética, o photoshop primitivo, mas eficiente, continuou funcionando: as fotos de Gorbatchev eram retocadas para eliminar a mancha avermelhada em seu crânio. Entre outros motivos alegados, um era que parte do povo russo associava aquela mancha de pele a um sinal do coisa ruim.

Por aqui, nessa Terra de Vera Cruz, é comum vermos e ouvirmos mestres diversos, sem formação digna de tal título, tentarem reescrever nossa própria história, qualificando com olhos radicalizados e deformados de hoje as bandeiras e bandeirantes do passado. E por aí vai e vai longe.


No futebol também vemos uma tentativa de reescrever a história, através da tal unificação de títulos nacionais.

Com todo o respeito que merecem os grandes times e craques do passado e até por isso mesmo, acho que estamos vendo uma grande bobagem, difícil de ser levada a sério por quem tem um mínimo de conhecimento histórico e também de futebol.

Para quem não gostou dessa introdução, paciência. É o que penso e não vou pensar diferente para agradar a quem quer que seja.


A Taça Brasil nunca foi um campeonato nacional. Paulistas e cariocas entravam na disputa já nas semifinais e dela participavam somente os campeões estaduais. Vou mais longe: era um torneio que pouco interesse despertava no torcedor, pelo menos na cidade e no estado de São Paulo. Pequeno era seu impacto e mesmo palmeirenses e santistas interessavam-se muito mais – e às vezes tão somente – pelo Campeonato Paulista. Digo isso por ter vivido aquela época e por ter palmeirenses e santistas em minha família, além de corintianos e são-paulinos, mas uma vista d’olhos nos arquivos de nossos jornais mostrará o mesmo quadro. Aliás, tivemos casos de clubes que não a disputaram por falta de interesse e até mesmo W.O. em 1968, quando o Metropol, de Santa Catarina, não enfrentou o Botafogo.

Nos títulos de 63 e 65 o Santos disputou quatro partidas em cada competição.

Quatro!

Na conquista de seu pentacampeonato da Taça, série que foi quebrada pelo Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes, o time do Santos disputou um total de 24 partidas. Aliás, essa é a lembrança mais forte, quase única, que tenho da Taça Brasil. E não pela competição em si, e sim pelo fato de um time até então pouco conhecido dos torcedores comuns surgir no cenário goleando o Santos, vencendo-o em dois jogos seguidos. Meu pai era mineiro, mas ele próprio quase nada conhecia do Cruzeiro naquela época, embora conhecêssemos muito bem o Tupi, pois grande número de parentes morava em Juiz de Fora, e dois de meus primos jogaram por essa equipe.

Em cinco anos, em cinco edições da competição, um total de 24 partidas. Apenas para efeito de comparação, o campeão brasileiro – de fato – que mais “moleza” encontrou, foi o Vasco da Gama, em 1989, que disputou “somente” 19 partidas para conquistar o título, vencendo o São Paulo no Morumbi, com gol de Sorato.

Dezenove! E foi o campeão com menor número de partidas disputadas.

Claro que isso por si só não é fator que justifique isso ou aquilo, mas dá uma boa ideia do que é uma taça, uma competição com caráter de copa, e o que é um campeonato nacional de fato.

Volto a um ponto em que já toquei: para o torcedor, e também para a imprensa da época, a Taça Brasil nunca teve o caráter de um campeonato nacional.


Como tampouco teve esse caráter o Robertão ou, na verdade, o Rio/São Paulo um pouco ampliado. Os clubes participavam por convite, não por direito. E a competição não abrangia todo o Brasil, muito pelo contrário. Embora já tivesse uma cara mais próxima da de um campeonato nacional, não o era. Dizer que foi é deturpar a história, simplesmente. O que vai nos levar a mais uma insanidade: dois campeões brasileiros no mesmo ano, por duas vezes (Palmeiras e Palmeiras, em 1967, Botafogo e Santos em 1968). Nada mais tupiniquim, realmente.


O Campeonato Brasileiro começou em 1971.

Esse é o fato.


Não há porque desmerecer o passado tentando reescrevê-lo.


Em tempo: o que ocorreu em 1987 nada tem em comum com o passado. Tivemos duas competições efetivamente nacionais, com duas organizações diferentes, uma das quais oficial. E a outra, mesmo não sendo oficial, tem e teve o respaldo de grande parte da sociedade e do mundo da bola como um autêntico campeonato brasileiro.


Finalmente, acho estranho a direção de uma confederação dar-se o direito de mudar a história. Que eu saiba, clubes e federações estaduais (fazer o que se elas existem?), mas principalmente os clubes, razão de ser do futebol, não foram consultados a respeito. Não vi nenhuma convocação de uma assembleia geral para discutir e votar essa proposta.

Não reconheço legitimidade numa decisão de gabinete como essa, caso ela venha a ser tomada, realmente.

E, ao fim e ao cabo, a pergunta do título fica sem resposta: por que reescrever a história?

Não vejo motivo real para isso.


(Lembrando a todos, o que não deveria ser necessário, que isto é uma opinião, no caso, a minha. Cada um é livre para pensar como melhor entender e manifestar esse pensamento. Este OCE está, como sempre, aberto ao debate e à manifestação de opiniões, desde que com um mínimo de educação e sem ofensas.)

Campeonato é uma coisa, Copa é outra

Excelente post do Emerson Gonçalves do blog Olhar Crônico Esportivo.



Um campeonato nacional é uma competição aberta. Dela participam todos os clubes de uma divisão – primeira, segunda, terceira – ou série – A, B, C, etc. Depois de consolidado, tem início o processo de ascensão e rebaixamento dos clubes, dentro das divisões ou séries. Para se chegar ao campeão, o ideal é que todos joguem contra todos, em dois turnos. No Brasil, nosso principal campeonato patinou feio durante muitos anos, com fórmulas esdrúxulas, viradas de mesa, inchaço e por aí vai. Bem ou mal, entretanto, sempre foi caracterizado e aceito como a principal competição do país. Esse campeonato, assim descrito e aceito e instaurado oficialmente, teve início no ano de 1971. Antes disso nunca tivemos um campeonato nacional.


Uma disputa denominada taça ou copa tem características diferentes de um campeonato. Seus participantes não são todos os clubes de uma divisão ou série, são clubes que foram previamente qualificados para a disputa, podendo incluir clubes de diferentes divisões ou séries. Ou seja, ela é restrita. Essas competições são disputadas por meio de eliminatórias, muitas vezes simples e diretas, outras vezes com fases de grupos, sempre pequenos – com 4 participantes na quase totalidade dos casos.


Num campeonato nacional, com sua disputa aberta – e é bom enfatizar sempre esse ponto – a todos os clubes de uma divisão e somente uma, o campeão, mesmo que haja fórmulas esdrúxulas, disputa razoável quantidade de jogos para chegar ao título, enfrentando, se não todos os demais participantes, boa parte deles. Hoje, o campeão brasileiro, assim como os demais participantes do torneio, disputa 38 jogos. Em 1989, o Vasco da Gama disputou a metade – 19 jogos. Um número muito baixo, sem dúvida, fruto do modelo que tinha a competição naquele ano, mas ainda assim bastante superior ao número de partidas que disputa o campeão de uma copa ou taça.

Numa competição com esse caráter, o número de partidas disputadas é sempre menor. Na Copa Libertadores, a maior e mais importante copa que nossos clubes disputam, por exemplo, o campeão – atualmente – disputa 14 partidas, sendo 6 na fase de grupos, outras 6 nas 3 fases eliminatórias e mais 2 partidas na fase final.


Na antiga Taça Brasil, por força das circunstâncias da época e da organização e estrutura que tinham nosso futebol, tivemos o Santos conquistando o título duas vezes depois de disputar somente 4 jogos em cada torneio. Vamos e venhamos, não dá para comparar com a campanha de qualquer campeão nacional de fato.

Numa das comparações mais absurdas que já vi, dezenas, talvez centenas de pessoas, tomaram como exemplo de legitimidade como campeão com pequeno número de jogos, o Uruguai, que venceu a Copa do Mundo de 1930 disputando, também, somente 4 jogos. Até aqui, nenhum problema. Uma taça pode ser decidida em um só jogo: venceu, levou, ponto final, história escrita, não se fala mais nisso, apenas celebra-se. A Taça do Brasil, com suas características próprias, permitiu ao Santos ser pentacampeão com um total de 24 jogos. Isso porque, como time de São Paulo, assim como o representante do Rio de Janeiro, já entrava na disputa em uma fase mais adiantada. Novamente, isso nada, absolutamente nada tem a ver com um campeonato nacional e está ótimo e nada há a reclamar quando falamos em uma taça e não de um campeonato nacional.


A Taça Brasil era uma competição nacional, coisa, aliás, que fica clara por seu próprio nome. Mas não era, nunca foi, nunca será, um Campeonato Brasileiro. Sim, ela apontava o representante brasileiro para a Copa Libertadores, tal como a Copa do Brasil também aponta. Esse fato por si só não significa que a competição seja um campeonato nacional. Falando nisso, até a Copa Sul Americana, agora, também manda seu campeão para a Copa Libertadores. Não é a presença na Libertadores que define que um time seja ou não o campeão nacional.


Por motivos diversos, inclusive as distâncias que temos aqui nesse país-continente e a lentidão ou inexistência de meios de transporte capazes de viabilizar uma competição esportiva nacional, somando-se isso à bagunça, à desorganização, à falta de visão e critérios de dirigentes e autoridades diversas, somente em 1971 tivemos nosso primeiro campeonato nacional, nosso primeiro campeonato brasileiro.

As competições que existiram antes foram importantes e legítimas, isso não se discute, disputadas por alguns dos mais fantásticos times da história do futebol, mas não foram campeonatos brasileiros.

Aqui não se trata de mostrar manchetes de jornais da época para provar que o campeão da taça foi chamado de campeão brasileiro. Mormente nos anos sessenta, as manchetes de jornais e revistas tinham a função de atrair a atenção do passante e levá-lo à compra para ler a matéria com tão interessante manchete. O fato de manchetes terem chamado vencedores da Taça Brasil de “campeões brasileiros” não significa, em absoluto, que esses times tenham sido campeões brasileiros dentro da concepção plena do termo, mas ajudaram a venda dos jornais e revistas da época nas bancas.



Não se trata de desmerecer times e jogadores do passado, longe disso. Aliás, é bom que se diga, jogadores que são sempre esquecidos, são lembrados agora, de forma bastante oportunista, e brevemente estarão esquecidos novamente. Ou atacados, como se costuma fazer com o maior de todos, Sua Majestade, frequentemente tratado com deboche, certamente por muitos que agora dizem ser absurdo que ele não tenha o título de “campeão brasileiro”.


Trata-se, tão somente, de estabelecer as coisas como elas são: taça ou copa é uma coisa, campeonato nacional é outra, muito diferente. As duas coexistem, mas uma não pode ser a outra. Se alguém quer que o vencedor de uma taça seja chamado de campeão nacional, paciência, cada um pode pensar do jeito que melhor entender, mesmo que vá contra a lógica dos fatos. Se a confederação, por medida política e rasteira proceder a essa unificação, paciência, novamente. Será apenas mais um ato prepotente e de cunho meramente político de seu presidente, coisa que, por sinal, não é novidade. S.Exa. decidirá sozinho e de forma absoluta, como monarcas pré-Revolução Francesa, sem consultar ao conjunto de clubes, que nunca são consultados para nada ou, quando isso ocorre, as cartas já estão marcadas. Nada de novo, portanto. Assim como nada há de novo na brutal falta de educação de muitas pessoas que se valem da beleza e da facilidade da internet para despejarem mágoas, frustrações, ódios e rancores sobre os demais.


Minha intenção com esse novo post é somente esclarecer alguns pontos que já estavam claros, mas foram deturpados. A função de um blogueiro não é agradar a gregos ou troianos, é apenas expor à discussão seu ponto de vista. Espera-se, sempre, que discussão educada, no mínimo.


Bom final de semana a todos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

5 Anos do TRI

Carta escrita por Diego Lugano em comemoração aos 5 anos da conquista do TRIcampeonato Mundial pelo São Paulo.


“O dia 18 de dezembro de 2005 com certeza ficará guardado pra sempre na minha memória. Lembro de tudo como se fosse hoje. Aquele jogo não sai da cabeça um minuto sequer. Posso dizer que a alegria que senti naquele dia é comparável à do nascimento dos meus três filhos: Nicolás, Thiago e Bianca.

Numa partida como essa a concentração é ainda mais importante e eu estava muito focado. Pensava na minha família, nos meus amigos, no meu país, na minha cidade e é claro nos milhões de são-paulinos que estavam no Brasil torcendo por nós.Lembro perfeitamente de cada detalhe daquele dia. Lembro de como acordei, das sensações que senti, do que passou pela minha cabeça, da saída do hotel para o estádio, da chegada e do desembarque da equipe, do clima no vestiário, de tudo.

Tudo passa pela cabeça num momento decisivo. Todas as dificuldades que você superou para alcançar seus objetivos vêm na mente numa hora dessas. É o que te motiva a ir além, a brigar, a lutar, a seguir em busca do que você deseja.

Por isso o foco em ser campeão era maior do que tudo. Aquele time era assim. Nosso grupo era unido, era guerreiro, era lutador. Você olhava pra cada um dos jogadores e sabia que todos ali dariam a vida por você. Isso faz um time ser campeão. Esse era o diferencial da nossa equipe.

Lembro que fomos assistir o primeiro jogo do Liverpool no Mundial de Clubes e saímos impressionados. O time deles era muito bom. Técnica e taticamente eles vinham muito bem na competição. A vitória por 3 a 0 sobre o Saprissa demonstrou as dificuldades que teríamos na final.

Mas nem isso foi capaz de deter nosso time. Nós sabíamos também da nossa força. Sabíamos que aquele título poderia e tinha que ser nosso.

Quando começou o jogo e o time reagiu bem a toda pressão sofrida tive ainda mais certeza de que seríamos campeões. A vibração de todos em campo, a entrega, a luta. Não tinha como voltar pro Brasil sem aquele troféu.

As defesas do Rogério são inesquecíveis também. Acho que poderíamos jogar por muito mais tempo que o título seria nosso. A gente não tomaria gol de jeito nenhum. Não tinha como não ser tricampeão naquele jogo.No gol do Mineirinho foi uma festa só. Fiz questão de atravessar todo o campo para dar um abraço nele. Ele é um cara fantástico, merecia esse prêmio. Uma sensação ótima tomou conta do time, mas sabíamos que não estava nada ganho e por isso seguimos firmes, fortes na defesa, com muita marcação de todo mundo que estava em campo.

No último lance do jogo lembro que disputei no alto com o Crouch, ela passou e o outro jogador chutou pra fora. Ali veio finalmente a sensação do título. Quando o juiz apitou corri com o Fabão pra abraçar o Rogério e todos os jogadores vieram na sequência. É o melhor sentimento mundo.

O longo tempo de trabalho, tudo que planejamos e organizamos durante o ano de 2005 foi recompensado. Não poderia deixar de lembrar todos que ajudaram durante todo o caminho e em especial ao presidente Marcelo Portugal Gouvêa, a quem serei grato pra sempre.

Hoje com certeza terá comemoração aqui na Turquia.”

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O maior vexame dos Mundiais!!

Parabéns Internacional de Porto Alegre por nos proporcionar uma ótima tarde de terça-feira assistindo o maior vexame de todos os Mundiais Interclubes até hoje.

Totalmente perdido em campo, atuações apagadíssimas de seus principais jogadores e as péssimas substituições feitas por Celso Roth afundaram o Inter no jogo de estréia do Mundial Interclubes 2010. Tá certo que o goleiro do Todo Poderoso Matzembe (quem??) salvou o time em três oportunidades claras de gols do Inter mas mais por deficiência técnica dos atacantes colorados.

Mundial é para quem tem camisa pesada. Mundial é para o TRIcolor. Único time brasileiro tricampeão Mundial. Se não fosse ano de Copa do Mundo nós é que estaríamos em Dubai e não essa vergonha que foi hoje a tarde. Só o que resta agora são as gozações.




domingo, 31 de outubro de 2010

André Dias brilha na Lazio

Mais um gol de são paulino pela Lazio que é líder isolada do Campeonato Italiano. André Dias marcou

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O fator Richarlyson

Excelente post do Rica Perrone.






Todo sãopaulino me pergunta: “Porque o Richarlyson não sai do time?”. Eu mesmo as vezes me pergunto, confesso. Ele é um lateral comum, um zagueiro fraco, um volante esforçado e um meia sem brilho. Mas em qualquer posição, seja contra quem for, lá está ele. O titular mais absoluto do Tricolor nos últimos anos não convence a torcida, só os treinadores.

É claro que todos os técnicos que passaram pelo SPFC não são burros. Se ele joga, há um motivo.

E a explicação é mais simples do que se imagina. Ele não é melhor que o Diogo, que o Carletto, que o Xandão, que o Jorge Wagner e nem que o Casemiro. Mas ganha a posição de todos eles simplesmente por fazer todas elas, em tese.

Digo “em tese” porque não concordo muito em ter um polivalente limitado ao invés de um bom jogador fixo em casa posição. No futebol moderno, aquele onde se corre mais do que joga, vale e muito o preparo físico do rapaz.

Um dia perguntei ao Richarlyson no CT porque o futebol dele havia caido de produção. Ele me respondeu que não havia caido, mas sim mudado. Que a partir do momento em que ele foi convocado, ele tinha que jogar mais e melhor. Não podia ser “apenas” o feijão com arroz.

Curioso é que a única coisa que o destaca é o feijão com arroz. Ao mudar isso, se torna um jogador altamente contestável.

Com ele em campo o SPFC tem 4 formações sem mexer nas peças. E isso é um prato cheio pra treinador, principalmente os “pardais” que passaram pelo SPFC nos últimos anos. Com Diogo, você não forma 3 zagueiros. Com Carletto você não abre espaço pra uma linha de 4 na frente da zaga, coisa que treinador adora inventar quando está ganhando o jogo.

Vou usar a formação mais convencional, sem considerar a tática suicida do último domingo. Normalmente o SPFC joga com 2 volantes e 2 “meias” nas últimas rodadas. O Jorge Wagner vinha sendo titular, e mesmo perdendo a posição, perdeu pra alguém que entrou num setor parecido, com característica diferente: Fernandinho.


Note que acima está tudo dentro da normalidade. Tirando o fato do lateral esquerdo não saber cruzar, é um time formado num 442 simples. Abaixo, começa a explicação do porque Richarlyson é sempre titular.


Sem alterar nenhuma peça, o SPFC passou a ter 3 zagueiros e formou uma linha de 4 na frente da zaga, abrindo um meia pra ponta e formando um triangulo na frente. É uma alteração considerável, ainda mais sem mexer no banco.


Nesta terceira formação acima, ele vira volante. Jorge Wagner (quando titular) vira lateral e o SPFC forma uma linha com 3 volantes, ideal para brecar times que jogam no 451, como o Inter veio ao Morumbi, como o Flu vinha fazendo sem Emerson e Rodriguinho.


E neste último caso, com uma alteração no time, você nota uma linha de 4 volantes a frente dos 3 zagueiros. Saiu o Jorge, entrou Renato Silva. O time fica fortíssimo na defesa, retoma a bola no meio com facilidade e tem 3 peças no contra-ataque.

Pode mudar pra Fernandão, Marlos, tanto faz. O Richarlyson muda e é relevante no sistema de DEFESA do SPFC, não no de ataque. Sua velocidade e vitalidade garantem ao técnico a possibilidade de mudar um time com um grito, o que é sempre interessante.

Concordo? Não. No meu ele não joga. Mas, entendo a cabeça dos treinadores que podem ver 4 times sem mexer uma peça. É, de fato, justificavel sob o ponto de vista tático a sua escalação.

Mas que eu prefiro um lateral que jogue mais do que corra, isso é fato.

Ele está suspenso, de novo. É o quinto jogo que cumpre suspensão no Brasileirão. Mas não se empolguem, tricolores… ele volta.

Como volante, lateral, meia ou até goleiro, ele volta.

abs,
RicaPerrone
.